quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Michele Dorrance Artista com Maestria

Hoje é dia de Texto, e estou tão encantada com a noticia de ontem de Michelle Dorrance ter sido premiada e ter seu trabalho mais que reconhecido , valorizado. É uma algo tão fantástico para o sapateado, que fico realmente tocada.
Lembro da primeira vez que vi a dançando e foi aqui no Brasil junto a North Carolina Youth Tap Ensemble e todos ficamos encantados com ela tamanha agilidade e carisma, ela era parte da companhia e no ano seguinte veio como professora e solista.
Ali ela já havia lançado o seu encanto e me enfeiticei por seu sapateado altamente rítmico, melódico, limpo, preciso, elegante e inteligente. Passei a acompanhar via internet suas coreografias e sempre muito inteligente em todas ela e também com um senso de humor fantástico.
Esse ano conversando com Igor Correa em NY ele me disse algo que me marcou, que Michelle Dorrance trouxe cor de volta ao sapateado que andava sombrio e acho que foi a melhor definição que escutei até hoje.
Sem dúvida ela trouxe cor, eu a vejo como uma divisora de águas e a considero como uma Pina Bausch do tap.
Ela revoluciona a linguagem e transgride forma e estilo com uma maestria sem igual. Ontem conversando com Meg Lovato ela comentou, que Michelle será estuda no futuro, como hoje estudamos os grandes mestres. E sim sem dúvida alguma...Ela realmente é inspiração e confiram no face da instituição que estou colocando o link o que ela fala sobre estudar e sua eterna busca pelo conhecimento do corpo e suas possibilidades. Ficaria aqui falando horas o que penso e admiro dessa artista, mas deixarei meus comentários de lado e coloco o link. Assistam a entrevista grande em que aparece o rosto dela na imagem congelada. vale muito a pena. E que isso tudo nos inspire a prosseguir e a buscar nossos sonhos e a estudar mais e mais e a criar.
Parabéns Michelle Dorrance tenho certeza que todos os sapateadores estão felizes e orgulhosos com sua conquista.


http://herbalpertawards.org/artist/2014/michelle-dorrance

https://www.facebook.com/alpertawards?pnref=story

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Conhecimento nunca é demais.

Recebo dezenas de mensagens eletrônicas me perguntando como lecionar sapateado, ou se estão prontos para tal, dicas de como ensinar determinados passos ou para determinadas idades, como também que tipo de música usar, como e onde aprender a nomenclatura do sapateado e diversas outras questões, que respondo com maior carinho, mas que ao mesmo tempo me faz questionar sobre o futuro do ensino do sapateado no Brasil.
Felizmente o sapateado no Brasil é uma arte que vem ganhando amadurecimento, mas ainda está buscando o ideal de ensino (apesar de termos maravilhosos sapateadores com nível internacional), porém uma minoria diante o número de alunos no país. 
Não é de hoje que o sapateado é praticado no Brasil, mas apenas nesse momento estamos tendo a maturidade de conhecer mais ao fundo  suas origens. Não basta para ser um bom sapateador saber executar os passos corretamente,  é preciso se aprofundar na sua história e origem. Salvo a internet podemos hoje consultar, pesquisar, conhecer muito sobre a arte e o que vem acontecendo no mundo do sapateado, já que por aqui são poucas as publicações que encontramos (falarei sobre publicações em outro texto).
Um alerta que gostaria de fazer ao contrário do que muitos pensam, o sapateado é uma arte que qualquer um pode fazer, mas não é qualquer um que se tornará um grande sapateador.
Sapateado exige muita disciplina e prática diária, em constante desafio com seu corpo.
Sapateado não é uma simples dança popular, é preciso ter muita consciência corporal, ritmo, coordenação. Um aluno que tem seis meses de aula bem aprendidos, dificilmente se juntar a um iniciante. Sapateado não dá para se copiar os movimentos, pois além do movimento, existe a técnica e um instrumento sonoro abaixo do corpo nas solas dos pés, e é necessário precisão e consciência da batida a ser executada.
É importante que para se lecionar o professor tenha consciência se está apto para tal, se tem conhecimento suficiente, técnico, histórico e musical para lecionar.

É muito sério o ensino seja em qualquer área, não é porque se tem uma chapinha em baixo dos pés e se sabe fazer um, dois, três passinhos que já poderá lecionar. Sapateado é também uma aeróbica de alto impacto e se não for ensinado corretamente poderá causar danos na coluna e no joelho do aluno. 
Portanto, leia, pesquise, assista a videos, pergunte a seu professor, tire dúvidas, aumente seu conhecimento, não se acomode com o conhecimento adquirido, quando se trata de conhecimento menos não será mais... mais será sempre melhor. Melhor para você.

Na foto: trecho da matéria da Revista Dance Spirit  de novembro de 2001, a qual dei um depoimento.


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Swing

esse video não está muito bom. Farei outro depois, gravei rápido apos aula apenas para cumpror minha data.

https://youtu.be/NKCwvqjUG78

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Seja você

Para quem você dança?

Venho pensando muito nisso...
Você dança para te satisfazer ou para satisfazer o público?
Você dança o que você acredita, ou o que está acontecendo no momento seguindo a maré?
Você coreografa pensando em um idéia artística, inovadora, conceitual, comercial, ou apenas no prazer simples de dançar?
Preciso sempre ser conceitual e incrivelmente artística e inovadora coreografando para fazer algo bem feito?
Existe certo e errado nessas questões?
Eu posso simplesmente me inspirar em um grande Master e simplesmente coreografar um Jazz sem pretensões conceituais e dançar apenas o tradicional. Como posso me inspirar em Nicholas Brothers e coreografar um número flash, virtuoso, impressionante quase comercial. Posso me inspirar nesse estilo Beyonce e fazer uma coreografia de modismo do momento cultural do mundo.
Estaria eu mais certa ou errada por algumas dessas escolhas?
Qual o meu propósito para tal escolha?  
Onde eu apresentaria? Sim, pois cada escolha requer uma situação. (Se pensar assim começa a mudar a situação.)
O que quero dizer é que você deve acreditar em seu trabalho. Faça-o com dignidade e verdade. Empenhe-se no seu propósito.
Existirá sempre quem gostará e quem não. Assim é a vida. Nunca agradaremos a todos.
Fred Astaire em um teste foi avaliado como: “ Careca, dança pouco e canta mal”  
( Imagina tal avaliação. Para mim era e será sempre maravilhoso )
Então... o que dizer? Estarão nos avaliando sempre e terá sempre alguém discordando.logo:Seja você. 

terça-feira, 22 de setembro de 2015

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Respire e sinta

Não é necessário dançar o tempo todo dobrado para certificar se que sabem sapatear.
Respirem...ouçam a música....dancem com prazer e não para se mostrarem...valorizem as pausas....deixem  se envolver....Quando for para dobrar sobre...mas valorize também o simples que por muitas vezes ao fechar os olhos a música que se escuta é muito mais agradável do que somente o dobrado.
Façam esse teste...fechem os olhos e escutem. Vejam se ritmicamente esta cansativo e repetitivo. Pensem nisso. O sapateado tem que ser agradável de ouvir. Fazemos músicas com nossos pés. Nunca se esqueçam que cada batida que damos é (como) uma nota musical.
Não trabalhem combinações como modismos. Foi aprendida determinada combinação há pouco e todos a utilizam como  se não houvesse outra a ser executada. Busquem no básico, nos aprendizados anteriores....não fixem somente no momento. Explorem...

sábado, 19 de setembro de 2015

Steve Condos

Steve Condos faleceu fazem 25 anos. foi um incrível sapateador. Posto dois videos dele.
https://www.youtube.com/watch?v=8TECiD9ze6c
https://www.youtube.com/watch?v=41J5__1joSA

Steve Condos foi o único grego-americano a ser um membro dos Copasetics,  As rotinas de Condos levavam o público ao delírio através de uma viagem explosiva de percussão com seu sapateado.
Steve Condos "s foi um dos maiores inovadores de um sapateado musical percussivo.  Condos levava o público a uma viagem de ritmos a capella.
Steve desenvolveu uma técnica “stimulating” e sistemática que ele chamou de "rudimentos".  Como um baterista faz com suas baquetas, Steve produzia variações matemáticas inumeráveis ​​. Ele ia desenvolvendo as sequencias e crescendo , crescendo ficando cada vez mais rápidas suas batidas.
Elaborar as variações era um processo sem fim e emocionante. Cada vez  ele mudava um acento ou adicionava uma pausa, Condos criou um sentimento totalmente diferente e expressão do ritmo. Ele chamava  de "sculp" o ritmo. Ele esculpia o ritmo. E essa realmente era a sensação. O desenrolar das combinações o crescimento e desenvolvimento de cada  uma parecia uma escultura. Fenomenal.
Praticava estas inúmeras combinações para que ele pudesse realizá-las com fluidez .

Além da pratica sistemática, Condos desenvolveu muitas de suas idéias improvisando na frente de uma câmera de vídeo. Ao perceber que ele tinha feito algo de novo, ele  voltava, olhava a sequencia, praticava, e fazia  variações sobre ele, assim, mais uma vez, aumentando sua gama para o improviso e improvisação
(texto adaptado do Livro Inside Tap de Anita Feldman)




quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Grandes Nomes do Sapateado Americano

 Copasetics

 Chuck Green e Buster Brown
 Mrs Brenda Bufalino
 Gregory Hines, Leroy



 Fayard Nicholas e Buster Brown
F

Aula, para que serve?

Aula? Para que serve? Você professor de sapateado hoje, tem uma resposta para a questão? Tem consciência da razão para a existência da aula? Mesmo sendo em um workshop de apenas duas aulas você sabe a prioridade? Você tem noção do papel que exerce ao ensinar? Ao se propor a ensinar? Sim, você deve ensinar. Esse é um dos principais propositos de se da aula, não o único, mas um dos principais. Você influência ou não um aluno com seus ensinamentos, encaminha ou desencaminha o mesmo. Sendo o propósito ensinar, deixe de lado sua capacidade individual e não se exiba. Não é essa nossa função como professores, educadores, orientadores da arte de sapatear. Passos são apenas passos, combinações mirabolantes, são apenas combinações mirabolantes. Você deve ter em mente independente de ser turma regular ou em um breve workshop, que você está ali para dar uma aula, e não apenas um hora de diversão e entretenimento. Se assim fosse se reuniam no corredor e fariam uma roda de passos e trocas de ideias. Na aula independente do nível técnico da sua turma, você tem que estar aberto a dividir experiências adquiridas ao longo de seu aprendizado. Procurar orientar o aluno mesmo que adiantado a melhorar e a conseguir alcançar outro nível. Não é por seu aluno ser adiantado que nada precisa mudar e aperfeiçoar. Sapateado é uma dança que necessita essa pratica diária e individual de cada um onde se ganha agilidade e criam-se novos passos. Mas em sala de aula leve mais a sério a sua responsabilidade de ensinar e não de apenas passar passos e passos, pense na qualidade de ensinamento que deseja dar a seus alunos. Estude. Conte uma história de um sapateador, conte uma vivência, conte a história de uma combinação...estudem para ensinar. Não é simplesmente saber bater os pés no chão rapidamente e saber alguns repertórios. É algo além sapateadores e professores. Uma boa aula não é sempre a mais divertida e nem aquela que se aprendeu um passo difícil . Uma boa aula é sair da sala com um aprendizado que vai mudar seu jeito de sapatear, que vai te levar a percorrer outros caminhos, que vai te levar a querer passar aquilo adiante. Tenho vistos muitos vídeos de aula pelo face e apenas vejo sequências e sequências...e nada mais...muitas até equivocadas ritmicamente falando. 
Pensem com carinho que tipo de professor você quer ser. Aquele que ensina apenas passos, ou aquele que vai estar na lembrança do aluno pelos ensinamentos que deu. Você pode fazer aula com dezenas e dezenas de sapateadores em sua vida no Brasil e fora daqui, mas não serão dezenas e dezenas de professores que farão você ser o que é. Ser um bom sapateador, não é sinônimo de ser bom professor e bom coreógrafo. E vice versa. Portanto pensem na responsabilidade que exercem. Vocês querem dar aula para ensinar ou para os alunos apenas apenas aprenderem passos ou para se divertirem, ou tudo isso misturado ou nada disso? 
Eu tive grandes mestres com o dom de ensinar, que respeito e levo meu agradecimento eterno. Vocês não gostariam de ser assim para um de seus alunos?